segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CRESCER - Informação e inspiração para mães e pais!!!

Separação dos pais
(3 a 4 anos)

A separação dos pais é sempre um assunto bastante delicado, pois implica em alterações profundas na vida da família. Se o assunto é difícil de ser superado pelos próprios adultos, imagine como é complexo para uma criança. Por isso, procure entender cada reação que se manifesta a partir desse momento.

Quando a separação acontece com filhos a partir de 3 anos, a criança pode ficar com medo do abandono, da perda do amor do pai ou da mãe e um sentimento de culpa. Como vive no mundo da fantasia, pensa que tudo aquilo que ela imagina acontece. Se um dia, por causa de uma bronca, desejou ir morar em outra casa, pode se sentir culpada pela separação imaginando que o pai ou a mãe saíram de casa como resultado do seu pensamento.

As crianças podem também regredir em relação a conquistas já feitas. Voltam a fazer xixi na roupa, não articulam as palavras tão bem quanto faziam. Podem ainda demonstrar raiva, angústia, agressividade, ter choros frequentes e birras mais acentuadas, além de alterações de sono e de apetite, dores de cabeça, vômitos e febre.

Para acalmar os conflitos emocionais dessa criança, é preciso muita conversa. Ela tem de perceber o interesse dos pais em seus sentimentos. Frases como “eu entendo que você esteja triste e que esteja sendo difícil” são importantes no diálogo entre os pais e o filho, pois ajuda a criança a se sentir compreendida e amparada.

É importante ainda que haja um canal pelo qual a criança expresse, ainda que inconscientemente, seus sentimentos. Podem ser desenhos, jogos, brincadeiras, livros, simulações feitas com brinquedos e bonecos. Que haja, enfim, um espaço em que ela demonstre simbolicamente a raiva que sente dos pais, a sensação de abandono ou o que estiver em seu inconsciente. A criança provavelmente não entende tudo o que está acontecendo, mas, enquanto empurra os carrinhos, dá banho em uma boneca, ela projeta seus sentimentos e elabora os conflitos que está vivendo.

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