3 a 4 anos
Mãos ao alto!!!
Não se preocupe, pois não se trata de uma tentativa de assalto, mas, sim, de seu filho com uma arma de plástico que emprestou de um amigo para brincar de policial. Cenas como esta começam a fazer parte do universo das brincadeiras infantis por volta dos 3 anos. Tudo bem, a arma é do amigo, mas em seguida vem a pergunta: “Mãe, compra uma pra mim também?” A dúvida é comum: dar ou não uma arma de brinquedo ao seu filho? E a resposta não é tão objetiva quanto a pergunta. Certamente, o caminho não passa pela proibição. Brincar de guerra é diferente de fazer guerra, e muitas vezes o brincar dessa forma permite a elaboração de algo que a incomoda, resolve angústias, medos, recria o mundo. E isso é bom, faz parte do desenvolvimento da criança.
Agora, uma outra questão: e espadas, dardos, estilingues e arco e flecha? Por que ninguém se questiona sobre eles? Da mesma forma, são armas. O problema não está, portanto, no objeto em si, mas no contexto em que ele é usado. O ideal não é permitir seu uso incondicionalmente. Assim como não dá para deixar os filhos sem tomarem banho e comerem apenas o que querem, é necessário orientá-los a respeito. Um bom caminho é ficar atenta à programação da TV, desenhos preferidos e como ele elabora brincadeiras a partir do que assistiu. Outro é ter conversas sobre o que ele achou de ter visto tal desenho. Se há alguma angústia, converse. Quando necessário, proíba. E, por fim, em vez de proibir que seu filho brinque com armas, mostre que há outras possibilidades de se divertir com os amigos.
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